REBELLION AND RESISTANCE IN THE IBERIAN EMPIRES, 16TH-19TH CENTURIES.

Pillaje (ES) | Pilhagem (PT)

Author: Ivone Brito Monteiro

Affiliation: Universidade de Cabo Verde

https://doi.org/10.60469/69pf-0961


O termo pilhagem/pillaje é de origem latina (pillãre, roubar, empilhar) e regista-se desde remota Antiguidade. Associa-se às lutas/pilhagens senhorias da Idade Média; às sociedades Modernas/colonizadoras, mormente às ibéricas, em alusão ao enriquecimento adveniente da conquista/pilhagem das sociedades nativas; o sea, las que sufrieron espoliaciones/depredaciones e relaciona-se com deserções/ambição pessoal/hegemonia marítima/corso e pirataria. Aparece em dicionários portugueses e espanhóis do século XVI (saquear, roubar, furtar/saquear, robar, hurto), mas é mais frequente nos dos séculos XVII a XIX. No Prosódia de Bento Pereira (1697) ocorre 22 vezes e alude ao “ímpeto de inimigo, roubo e destruição”; no Vocabulario de Bluteau (1712-1728), ocorre 6 vezes e relaciona-se com “compilatio, palavra latina, que quer dizer pilhagem, roubo; expilatio, onis; andar à pilhagem, roubar nesta e naquella parte, como de ordinario fazem os Siganos; Praedatum ire. Viver de pilhagem”; no Diccionario de Autoridades (1737:271) da Real Academia Española significa “La acción de tomar o quitar alguna cosa”; e no Terreros y Pando “hurto, latrocínio, rapiña. Lat. Depopulatio, direptio.It. Ruberia, saccbegiamento; robo que hacen los soldados desmandados, y sin orden de sus cabos. Lat. Excursatio, devastitio. It. Scorreria, preda, bottino” (Terreros y Pando 1788: 135). Dir-se-ia de «(…) Domingo Lopes (…) um dos negros do grupo de Julangue que andava roubando e pilhando pela ilha de Santiago» (Consulta do Conselho Ultramarino, 1718), ou acerca do «Traslado de memorial de Antonio de Morga, renunciando al quinto del pillaje de la nao capturada al enemigo, y pidiendo se le concedan algunas de la presas que en ella se ganaron» (Audiencia de Manila, 1559-1636).


REFERÊNCIAS

Dicionários
Bluteau, Rafael, Vocabulario portuguez, e latino [...] Lisboa, Officina Pascoal da Sylva, 1712-1728.

Real Academia Española, Diccionario de la lengua castellana compuesto por la Real Academia Española, reducido a un tomo para su más fácil uso, Madrid, Joachín Ibarra, 1737.

Terreros y Pando, Esteban de. Diccionario castellano con las voces de ciencias y artes y sus correspondientes en las tres lenguas francesa, latina e italiana [...]. Tomo tercero (1767). Madrid, Viuda de Ibarra, 1788.

Fontes
“Levantamento de Julangue (1718- 05- 18)”, Arquivo Histórico Ultramarino, Consultas de Cabo Verde e São Tomé, Cod. 478, fls.197-198, anexo: carta (2ª via).

“Traslado de memorial de Antonio de Morga” Manila/Filipinas (1559-1636), Arquivo General de Indias, ES.41091.AGI/24//FILIPINAS,19, R.2,N.19.